quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

As parábolas de Mateus 25

Mesmo para os descrentes, a qualidade literarária da Bíblia é inegável. Mateus 25 é só mais uma prova disso.

Esse capítulo é precedido pelo sermão profético sobre a grande tribulação e o retorno de Jesus. Já o capítulo que iremos estudar aqui trata dos perigos que correm os que estiverem aguardando os acontecimentos citados e sua correta atitude para com eles.

Na primeira parábola, Jesus mostra o descuido das virgens que não guardaram azeite suficiente para a noite toda. Ao pedirem desse azeite para suas amigas precavidas, as mesmas não quiseram compartilhar, pois isso significaria elas não iluminarem o noivo e a noiva por um período da noite. Ou seja, por um tempo haveria mais pessoas iluminando, mas em determinado momento ninguém cumpriria seu dever, pois não haveria azeite para o tal. [entenda mais em A parábola das dez virgens].

Já na segunda parábola, a dos talentos, notamos que dois servos dobraram a quantidade de talentos recebidos por eles, enquanto o mais temeroso resolve simplesmente guardar seu talento. Os que dobraram seus talentos foram exaltados e o servo medroso e acomodado teve o talento tirado.

A última parábola contada por Jesus está em termos condicionais mais claros que nas duas primeiras. Jesus diz claramente que aqueles que não fizerem algo pelos desfavorecidos, serão separados para a destruição final, enquanto serão exaltados os que fizerem, pois é como se fizessem a Ele mesmo.

Mas... o que tem de notório nestas três narrativas? Perceberam? São todas contra o comodismo. Todas querem que se vá para a famosa e bíblica "segunda milha" [Mateus 5:41].

Ao meu ver, as palavras chaves das parábolas são azeite e talento, os quais representam respectivamente o poder do Espírito Santo e os preciosos filhos de Deus. Desta forma, não devemos nos acomodar com o estado espiritual que estamos, nem com o número de crentes que Jesus deixou conosco como seu bem mais precioso.

Veja que Jesus estava querendo que crescêssemos pessoalmente (parábola das virgens), como igreja (parábola dos talentos) e concluiu dizendo que crescêssemos como membros da sociedade (parábola da separação das ovelhas dos bodes).

Ou seja, os ensinos de Jesus não permitem que nós nos acomodemos com nossa realidade social, eclesiástica e pessoal.

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